quinta-feira, 9 de maio de 2013

Padrastos e enteados: dicas para um bom convívio


A terapeuta familiar Carmen Lucia Pinheiro ressalta que a aceitação de um padrasto ou madrasta também depende muito de como se deu o processo de separação dos pais. Quanto mais traumático ele for ou quanto mais partido os filhos tomarem a favor de um dos genitores, mais difícil será a aceitação de um novo membro. A idade da criança também faz diferença. As menores costumam aceitar com mais tranquilidade. Já as mais velhas entendem melhor o que está acontecendo ao seu redor e têm capacidade de questionar os pais.
A partir de sua experiência no consultório, Carmen Lucia reuniu algumas dicas para tornar a convivência mais tranquila:
- A primeira coisa que os pais precisam esclarecer, independente da idade dos filhos, é que pai e mãe serão sempre pai e mãe. Ou seja, eles não desaparecerão da vida das crianças mesmo que a configuração familiar se altere.
- Se a mãe ou o pai encontrarem novos companheiros, é importante que essa pessoa crie uma relação saudável com as crianças antes de morar junto com elas. Assim, a adaptação será mais fácil.
- O novo namorado ou marido (o mesmo vale para namorada ou esposa) não pode entrar na casa da família querendo mudar todas as regras. Primeiro, ele precisa entender como a dinâmica funciona e participar dela. Aos poucos, à medida que conquista um espaço nessa dinâmica e cria laços afetivos, ele pode sugerir novas regras, mas sempre em diálogo com as crianças e em acordo com a mãe ou o pai.
- Se o padrasto ou madrasta estiver interessado em amar exclusivamente sua mulher ou seu marido, dificilmente a convivência será harmoniosa. As crianças também precisam sentir que são amadas e o novo membro da família precisa demonstrar carinho por elas.
- É fundamental conversar quando surgirem problemas entre padrasto ou madrasta e as crianças. Por outro lado, quando o casal briga, as crianças não são obrigadas a assistir.
- Não é porque o processo de adaptação é difícil que as pessoas separadas devem desistir de seus projetos de vida. Isso é, todo mundo tem direito a ter um novo companheiro.
- A entrada de outra pessoa na família não é só drama. Ela pode ser muito positiva e até mesmo um aprendizado para a criança ser mais tolerante com o novo e o diferente.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI335683-10520,00.html

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